“Se é para escolher um lado, nós temos: estamos ao lado dos catarinenses”
Carlos Chiodini – Presidente Estadual do MDB
Com o fechamento da janela partidária, período em que as vereadoras e vereadores podem trocar de partido sem prejuízo do mandato, no dia 6 de abril, o MDB Catarinense consolida-se como o maior partido do Estado, com mais de 182 mil filiados, uma Senadora eleita, três Deputados Federais, seis Estaduais, 95 Prefeitos, 65 Vice-Prefeitos e 792 Vereadores.
Posicionando-se como um partido de equilíbrio, para as eleições de 2024, o “Manda Brasa”, como é chamado, tem metas ousadas para ampliar seu número de cadeiras em Santa Catarina. Uma delas é colocar o presidente do partido, Deputado Carlos Chiodini, para assumir a prefeitura de Itajaí, município que mais arrecada ICMS no Estado por conta de suas operações portuárias.
A Coluna conversou com ele para saber um pouco mais sobre os planos do partido para as próximas eleições no Estado. Confira:
Pelo Estado – Com o fechamento da janela partidária, o MDB já consegue contabilizar o número de filiados para estas eleições? E o que este número significa para o partido?
Carlos Chiodini – O MDB segue sendo o maior partido do país, com mais de dois milhões de filiados. O mesmo ocorre em Santa Catarina, seguimos em primeiro lugar com mais de 182 mil filiados. Temos 95 prefeitos, 64 vices e cerca de 800 vereadores. Contudo, vamos além dos números. O que vemos em cada reunião, em cada encontro realizado pelo partido em todas as regiões catarinenses, é um grande número de pessoas mobilizadas, trazendo pautas importantes para implementação de políticas públicas com impacto positivo. Somos o partido do diálogo, que respeita quem pensa diferente e que reúne pessoas que buscam debater soluções e projetos.
PE – Quais as metas do partido este ano?
Carlos Chiodini – O MDB completou recentemente 58 anos. Temos um grande legado, participando ativamente de momentos históricos no país, incluindo a redemocratização e a estabilização econômica, por exemplo. Entretanto, vale ressaltar que o partido está sempre se modernizando, olhando em frente para planejar ações que terão impacto no futuro das pessoas. Prova é que a sigla foi responsável pela reforma tributária, tendo como relator o deputado federal e presidente do MDB Nacional, Baleia Rossi (MDB-SP), com uma proposta que visa simplificar o modelo aplicado até então, além de reduzir a carga tributária, tornando nosso sistema mais claro e eficiente. É assim que o MDB trabalha, estudando e debatendo pautas que são relevantes, com impacto direto na vida da população. Aqui em Santa Catarina não é diferente. Nos encontros que promovemos por todo o Estado, nas reuniões que temos semanalmente com deputados emedebistas, sempre discutimos quais são os principais entraves e como podemos ajudar nas soluções. Por exemplo, em relação à saúde catarinense, foi o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal, quem endossou a preocupação e deu voz ao problema que tem impactado diretamente tantos catarinenses. O mesmo vale em relação à infraestrutura, temos problemas históricos em relação às rodovias catarinenses e conseguimos, somente em 2023, um aporte superior a R$ 1 bilhão junto ao Ministério dos Transportes, com o ministro Renan Filho (MDB-AL), que visitou Santa Catarina na última semana. O mesmo vale para tantas outras áreas prioritárias. Portanto, as metas do MDB para Santa Catarina são projetadas em trazer soluções. Nossos projetos não são focados em ter o poder, mas sim, em sermos úteis, em trabalhar em prol dos catarinenses.
PE – O MDB é o partido com maior número de prefeituras no Estado. Quais serão as estratégias para manter este desempenho no pleito deste ano?
Carlos Chiodini – Mesmo com a recente polarização, o MDB se manteve firme. Perdemos quatro prefeitos e ganhamos outros quatro, o que mostra que equilíbrio no MDB é palavra de ordem. As filiações mais recentes foram dos prefeitos de Mafra, Emerson Maas; de Calmon, Hélio Marcelo Olenka; de Rio do Oeste, Arnildo Ferrari; e da prefeita de Três Barras, Ana Claudia Quege. Nossa estratégia não é focada apenas nos meses que antecedem as eleições, mas sim, nos resultados do trabalho que cada prefeito executou ao longo dos quatro anos de mandato. Os prefeitos do MDB têm o que mostrar, projetos, reformas, ações que foram executadas durante seus mandatos. E não há melhor estratégia que o trabalho.
PE – Em quais municípios o partido terá candidatos à majoritária? Isso já está definido?
Carlos Chiodini – O MDB é o partido do diálogo, não da imposição. Portanto, em cada um dos nossos 295 municípios, estamos dialogando para avaliar quais serão os candidatos, tanto para prefeitos, como vices e vereadores.
PE – Como está a relação do MDB com o Governo do Estado. Houveram boatos de que o partido sairia da base do governo. Procede?
Carlos Chiodini – O deputado Jerry Comper, que responde pela Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade, é o único secretário do MDB no Governo do Estado e está fazendo um ótimo trabalho, percorrendo todas as regiões, tentando solucionar problemas históricos relacionados à mobilidade, já citados anteriormente. Isso prova o que sempre falamos: quando o MDB está em um Governo é para somar, é para trabalhar, e não simplesmente em busca de cargos. Enquanto pudermos colaborar, estaremos presentes.
PE – O MDB se apresenta como um partido de centro, sem lado nesta polarização política que o Brasil vive. Como se manter assim em Santa Catarina, um dos estados mais bolsonaristas do país?
Carlos Chiodini – O MDB é um partido verdadeiramente democrático, que respeita tanto a direita quanto a esquerda. Somos o partido do equilíbrio, que promove o diálogo com todos, em busca de soluções. Acreditamos que só é possível evoluir quando debatemos, construindo propostas com uma visão mais ampla, independentemente de posicionamentos políticos de direita ou esquerda. Da mesma forma, deixamos as escolhas livres para que nossos deputados, prefeitos e demais lideranças se posicionem de acordo com seus ideais, sejam eles mais alinhados a este ou aquele lado. O diferencial do MDB é que não levantamos bandeiras vazias, pautas sem propósito, só pela “lacração”, só pelo impacto nas redes sociais. Nosso movimento é pelo impacto no dia-a-dia das pessoas, na vida real, pelo bem-estar, pelo desenvolvimento com qualidade de vida. Se é para escolher um lado, nós temos: estamos ao lado dos catarinenses.
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