Evento reuniu cerca de 180 participantes de 17 municípios para debater o futuro das Escolas do Mar e consolidar diretrizes para a Rede estadual.
Com a presença de aproximadamente 180 participantes, entre educadores, gestores públicos, pescadores artesanais, mestres da cultura tradicional e representantes institucionais, Bombinhas sediou, nos dias 24 e 25 de outubro, o III Fórum das Escolas do Mar de Santa Catarina. O evento reuniu delegações de 17 municípios catarinenses como: Florianópolis, São José, Itajaí, Blumenau, Palhoça, Porto Belo e Governador Celso Ramos, além de representantes de Curitiba -PR, em dois dias de intensas trocas de saberes e experiências sobre cultura oceânica e educação ambiental.
 
 
 
Com o tema “Qual Escola do Mar que queremos”, a terceira edição do Fórum teve como propósito central aprofundar o diálogo entre saberes científicos e tradicionais, fortalecendo o papel das Escolas do Mar como espaços de educação, pertencimento e valorização dos territórios costeiros. As atividades apresentaram metodologias, ferramentas e práticas pedagógicas voltadas à cultura oceânica e à preservação do patrimônio natural e cultural ligado ao mar.
Entre as autoridades e lideranças que prestigiaram o encontro estiveram representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura, da Secretaria de Estado da Educação, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, de universidades e de movimentos comunitários. Marcaram presença nomes como Adaysse Bossolani da Guarda (Secretaria Nacional de Pesca Artesanal), Jean Ricardo Antunes (Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura em SC), os deputados Marcos José Abreu (Marquito) e Ana Paula da Silva, a secretária estadual de Educação Luciane Ceretta, e o prefeito Alexandre da Silva, anfitrião do evento, além de representantes das Escolas do Mar de diferentes municípios e das comunidades tradicionais do litoral catarinense.
Durante o Fórum, foi elaborada uma Carta de Intenções, resultado das reflexões e diálogos coletivos promovidos ao longo da programação, que contou com rodas de conversa, apresentações culturais, o Balanço Ético Global (BEG) e vivências com mestres e mestras dos saberes do mar. O documento estabelece diretrizes para a consolidação e o fortalecimento da Rede de Escolas do Mar de Santa Catarina, articulando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a Década do Oceano da ONU. A Carta será encaminhada a gestores estaduais e municipais e apresentada na 30ª Conferência das Partes (COP 30), como contribuição catarinense à agenda internacional de educação e sustentabilidade marinha, e será divulgada em breve ao público.
Para a Escola do Mar de Bombinhas, que acolheu o evento, a experiência foi marcada por emoção, escuta e aprendizado. “Foi um tempo de conexão com o nosso ambiente, de entender seus ritmos, suas pausas e suas vozes. Aqui vivenciamos a sinergia entre ciência e ancestralidade, dando espaço para que as comunidades falem e sejam ouvidas”, destaca a equipe organizadora.
A Comissão Organizadora do Fórum foi composta por Silvana Leone, Letícia Frozza Teive, Matheus Vinicius de Carvalho Pelaquim, Keli Regina Benvegnu, Leonardo Scheffer, Ricardo da Silva, Luiz Antônio Patrício, Bethânia Sorgatto Gamin, Arthur da Silva Pinheiro, Maiky Alexandra Muller, Isabela dos Santos Ventrici, Izabely Lira Tristão, Hellen Martins Rios, Luciara Azevedo, Liziane Téo e Fabiano Furini, que atuaram de forma colaborativa para garantir o sucesso do encontro.
Bombinhas, município que cresceu entre o mar e a mata, reafirma com esta realização seu papel de território educador e guardião da cultura marítima. Sediar o III Fórum das Escolas do Mar significou mais que promover um evento, foi um reencontro com a essência do lugar, uma celebração da vida que pulsa entre as ondas e o saber que ecoa das comunidades tradicionais.










