“A Celesc é motivo de orgulho para Santa Catarina”
Tarcísio Rosa, Presidente da Celesc
Investimentos recordes, ampliação e inauguração de subestações, atuação eficiente em eventos climáticos e premiações marcaram o ano de 2023 da Celesc. Em meio a diversos desafios, a companhia obteve homenagens por sua atuação em prol dos catarinenses e pelo desempenho de seus eletricistas, sendo, inclusive, reconhecida como a detentora da segunda menor tarifa residencial de energia elétrica do Brasil.
Orgulhoso de tantas conquistas, o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, conta para a coluna detalhes dos planos executados e projetados para a estatal neste ano que acaba de iniciar. Confira:
Pelo Estado – Como o senhor avalia este primeiro ano da sua gestão à frente da Celesc?
Tarcisio Rosa – Foi um ano muito positivo. Estamos cumprindo a missão dada pelo governador Jorginho Mello, que é entregar energia de qualidade aos catarinenses e garantir infraestrutura energética para desenvolver o setor produtivo e atrair novos empreendimentos. Ficamos muito contentes de ver que a Celesc é motivo de orgulho para Santa Catarina. Enfrentamos muitos desafios em 2023, mas todo o nosso pessoal – atendentes, técnicos, gerentes – demonstraram empenho para garantir o melhor serviço para a população.
Foi um 2023 marcado por grandes investimentos, ampliação e inauguração de subestações, atuação eficiente em eventos climáticos e premiações, um reconhecimento ao trabalho dedicado e eficiente de todos os celesquianos. A Celesc foi reconhecida pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) como a melhor distribuidora de energia elétrica da região Sul do Brasil, por exemplo.
PE – Em 2023, o Governo do Estado anunciou um investimento recorde de R$ 4,5 bilhões na Celesc para os próximos quatro anos. O que já foi executado ou está em desenvolvimento deste projeto?
TR – Em 2023, inauguramos a subestação em Joinville, a ampliação na subestação de Itajaí e já o fizemos em Capivari de Baixo, então, você percebe que o Leste e o Litoral catarinense já tiveram um reforço antecipado para o Verão que está aí. E em 2024 a previsão de investimentos é de R$ 1,3 bilhão. Temos empreendimentos importantes para inaugurar, a exemplo de subestações em Santo Amaro da Imperatriz, Abelardo Luz, Guaramirim e em São José – Sertão do Maruim. Incluindo ainda os investimentos em geração, com a previsão de entrega de novas obras, a exemplo da Usina Fotovoltaica de Campos Novos e da histórica usina hidrelétrica de Maruim, em São José, inaugurada em 1910. Iniciados em março de 2023, os trabalhos estão com 70% de conclusão e a reinauguração deve ocorrer entre março e abril deste ano.
São investimentos que darão ainda mais qualidade e segurança no fornecimento de energia aos catarinenses. Vamos continuar avançando na energia trifásica pelo interior, temos a terceira fase do corredor elétrico para lançar, ampliando o número de estações de carregamento para carros elétricos. E a implantação do novo sistema comercial, o Conecte, que será um divisor de águas na relação da Celesc com o cliente. É o novo aplicativo e agência web, muito mais intuitivo. Todos poderão acessar todos os serviços da loja na palma da mão.
PE – Em uma entrevista anterior, falamos sobre a entrada da Celesc no mercado livre de energia. Quais avanços já houve neste sentido?
TR – A Celesc vem estudando as regras atuais, e avaliando os cenários possíveis futuros, de forma a preparar sua estrutura para o atendimento aos consumidores por meio de uma comercializadora varejista. A companhia está finalizando a tramitação junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, a CCE, para que, a partir de janeiro, possa também vender energia no mercado livre varejista. Sendo que a Celesc já oferece soluções do mercado livre atacadista.
PE – Outro tema muito abordado em 2023 foi a ampliação das redes trifásicas para os municípios do interior, que viria a beneficiar diretamente pequenos produtores. Já houve avanços em algumas cidades? Quais?
TR – Foi um desafio colocado pelo governador Jorginho Mello, desejando que Santa Catarina seja transformada e que ninguém deixe de investir na região por falta de energia. Diante disso, a companhia focou na expansão do sistema, transformando redes monofásicas em trifásicas, especialmente nas regiões Oeste, o Planalto Serrano, o Planalto Norte e o Alto Vale. São regiões de agropecuária e pequenas indústrias que estavam com demanda reprimida, precisando crescer e não tinham energia suficiente. O projeto está andando bem. Prometemos 500 quilômetros de rede trifásica. Estamos alcançando 300 quilômetros e até a metade do ano que vem devemos alcançar os 500 prometidos.
PE – No que cabe à Celesc, como está a execução da Operação Verão, anunciada no último mês pelo governador Jorginho Mello?
TR – A Celesc preparou uma série de ações específicas para atender à alta da demanda no setor de energia elétrica por conta da temporada de verão em Santa Catarina. A organização da Operação Verão é feita ao longo do ano, e incluiu contratação de equipes de reforço, realocação de pessoal para áreas com mais movimento, além do posicionamento de Subestações móveis, torres de Emergência, novas Subestações e a ampliação da capacidade de outras. E este início do ano já não tivemos grandes problemas com a queda de energia durante as festas.
PE – Para finalizar, quais foram os principais desafios enfrentados em 2023, já que além das ações previamente planejadas e rotineiras, houveram grandes demandas por conta dos eventos climáticos inesperados?
TR – Sem dúvidas as chuvas de outubro e novembro foram os eventos mais desafiadores em 2023. A Celesc se empenhou em restabelecer o fornecimento de energia após as interrupções provocadas pelas chuvas em diversas regiões de Santa Catarina. Em geral, a maior parte das ocorrências esteve associada a vegetação sobre a rede elétrica, queda de postes e rompimento de cabos. O Governo do Estado lançou, em outubro, uma série de ações para ajudar famílias e empreendedores catarinenses que sofreram prejuízos decorrentes das chuvas do período. Diante disso, a Celesc anunciou a não suspensão do fornecimento de energia elétrica de unidades localizadas em bairros de cidades atingidas pelas enchentes. Além disso, lançou um programa de parcelamento de contas em até 24 vezes.
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