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    Vereadores de Porto Belo bancam decisão do prefeito de reabrir ponte

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    A Câmara Municipal aprovou na noite de ontem (24), em sessões extraordinárias, um projeto de lei de autoria do poder Executivo autorizando a realização de obras emergenciais na ponte do rio Perequê, interditada por recomendação da Defesa Civil de Santa Catarina desde o dia 18 de março. A decisão do Governo Municipal ocorre após análise encomendada pela Prefeitura nas primeiras semanas de abril indicar a possibilidade de reabertura parcial do acesso. Diante da pressão pela reabertura feita por comerciantes e moradores locais, de um lado, e da Defesa Civil do Estado, de outro, pela interdição completa até que seja feita nova obra, e ainda sem saber quando a ponte provisória do Exército finalmente chegará, o prefeito Joel Lucinda (MDB) pediu apoio do Legislativo para produzir uma solução paliativa do problema.

    Joel reuniu-se com o presidente da Câmara, vereador Juliano Guerreiro (Progressistas), e os vereadores Magno Muñoz e Diogo Santos (MDB), representantes do Legislativo na comissão formada para acompanhar o imbróglio da ponte — que envolve também empresários e representantes do Executivo — para detalhar o projeto. De acordo com o texto, a Prefeitura está autorizada a contratar com dispensa de licitação a Construtora Natinho Ltda., de Itajaí, para realizar serviços de reparo e reforço na estrutura da ponte, pelo valor de R$ 122.215. O prazo de conclusão dessas obras, que devem iniciar logo após a assinatura do contrato, é de 20 dias.

    Antes disso, na quarta-feira passada (19), o prefeito de Porto Belo reuniu-se com a prefeita de Itapema, Nilza Simas (PSD), e o secretário de Defesa Civil do Estado, Luiz Armando Schroeder Reis, para tratar do assunto. E foi desencorajado a realizar a intervenção paliativa, sob o argumento de que as obras da nova ponte devem ter início em breve. Além disso, de acordo com o que Joel relatou da reunião, a reabertura da ponte, ainda que de modo parcial e temporário, poderia lhe acarretar responsabilização judicial. Na sessão da Câmara que antecipou a aprovação do projeto, na noite de ontem, os vereadores manifestaram apoio ao prefeito portobelense.

    De acordo com os parlamentares, as autoridades do município vizinho e do Governo do Estado não estão levando em conta o prejuízo que a interdição tem causado aos comerciantes que operam nas proximidades da ponte. “[Ali] é o final de Itapema, mas para Porto Belo é o início”, afirmou Juliano. Jonatha Cabral, do Republicanos, destacou o empenho do prefeito em minimizar os impactos econômicos da comunidade local, enquanto Magno e Diogo criticaram a dimensão política que o caso, na avaliação de ambos, está tendo. “Até agora, a ponte do Exército virou uma promessa vazia”, criticou Muñoz. Para o colega de bancada, a atitude do Governo Estadual prejudica Porto Belo, apesar do apoio que políticos locais deram ao atual governador, Jorginho Mello (PL). “Até meses atrás estávamos em campanha para essas pessoas”, arrematou Diogo Santos.

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