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    Mulheres deixam para decidir de última hora, como sempre, mas em 2022 fazem diferença, como nunca

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     As mulheres como sempre, deixam para decidir o voto na última hora. Mas, como nunca, rejeitam um candidato. De acordo com Ipec, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 46% de preferência no público feminino e o atual presidente, Jair Bolsonaro, 27%. Essa discrepância por gênero nunca foi observada nas eleições brasileiras. Nem quando Dilma Rousseff se elegeu e reelegeu, em 2010 e 2014.

    O voto feminino em 2022 será menos ideológico, mais pragmático, as mulheres estão interessadas em trabalho, renda, creche e, muito, mas muito preocupadas com a inflação e a perda do poder de compra.

    O antibolsonarismo é provocado pelo machismo explícito e truculência, mas principalmente, pelo armamentismo. Elas temem o risco das armas e rejeitam a violência. Entre as mulheres pobres, Bolsonaro já teve desempenho ruim em 2018, mas desta vez, sofre grande perda entre as mulheres da classe C, com renda entre dois e cinco salários mínimos. Como essa faixa é muito numerosa, especialmente no Nordeste e no Sudeste, a rejeição das mulheres explicaria inclusive, segundo as estatísticas, o segundo lugar de Bolsonaro. Apenas entre mulheres que ganham mais de cinco salários, melhora o desempenho do presidente.

    Por regiões, Santa Catarina está entre os cinco estados mais Distrito Federal, onde Bolsonaro lidera. Mesmo assim com percentual de intenção de voto de 50% bem abaixo dos 75% que conquistou em 2018. Lula estará em Florianópolis no domingo, 18, depois de passar a sexta no Rio Grande do Sul, onde está na frente, e sábado, no Paraná, onde está empatado com Bolsonaro.

    Pra lá ou pra cá, certa é a percepção das campanhas que somente agora o eleitorado começou a pensar sobre os demais votos, além daquele para presidente. Especialmente as mulheres que, em todo o mundo, tendem a decidir mais perto da urna.

    Casais em missa Julio Dutra
    Júlio Dutra/Divulgação

    Momento cristão 

    Na semana com imagens de desfiles e palanques, o governador licenciado Carlos Moisés e sua mulher, Késia Martins, foram à missa do Cerco de Jericó na Paróquia do Divino Espírito Santo em Camboriú. São sete dias de celebrações que terminam neste sábado. Na foto, com os casais, Paulinho Muller, prefeito de Bombinhas, e a deputada Paulinha (Podemos), o prefeito Elcio Kuhnen (MDB) e sua mulher, Clediani. A deputada Paulinha, a propósito, aliada de primeira hora de Moisés, respondeu por zap, perguntas da Pelo Estado.

    “As pessoas começam agora a pensar nos demais votos, além de presidente”

    Como a disputa presidencial está interferindo na eleição para governador de SC?

    O extrato das urnas só vamos conhecer no dia 2, mas quem está nas ruas percebe que para a maioria da população há um descolamento da eleição presidencial do voto pra governador. Na verdade, agora que as pessoas estão começando a pensar nos demais votos, além de presidente. E Moisés tem se consolidado no primeiro lugar nas pesquisas, o que é muito bom.

    Em Balneário Camboriú e região, a eleição desarranjou os partidos e alianças. Prefeito Fabrício Oliveira, do Podemos, apoia Seif e Jorginho, do PL. O tucano Leonel Pavan apoia Moisés. Qual será o resultado disso?

    O eleitor não está mais conectado com os partidos, o que, de certa forma, também empurra o líder político pra esse cenário. O eleitor quer votar em pessoas nas quais ele confia, independente do número. Na região da Amfri, Moisés tem o apoio da maioria esmagadora dos prefeitos, em razão dos investimentos que tem promovido. Foram mais de R$ 700 milhões pra região e isso tem aproximado o eleitor dele. No caso específico do Fabrício, pelo seu alinhamento com o Bolsonaro, ele tem mantido uma posição de neutralidade para governo estadual. Já Pavan preferiu assumir a campanha do Moisés. O resultado as urnas vão nos mostrar.

    A deputada é aliada de primeira hora do governador Moisés. Consegue ver o MDB aderindo à campanha?

    Com toda a certeza. Pontualmente, uma ou outra liderança, por razões pessoais, pode estar mais afastada da campanha majoritária. Mas a maioria esmagadora do MDB está com Moisés.

    Por que Moisés não consegue ampliar seu percentual nas pesquisas?

    Ele foi o candidato que mais cresceu. Outros inclusive reduziram o seu percentual de intenção de voto. Acredito sinceramente que a partir desses próximos 20 dias é que sentiremos o posicionamento do eleitor catarinense, que até então não estava envolvido na eleição estadual.

    Melancias

    Para o prefeito de Brusque, Ari Vequi, que foi chefe de gabinete de Luiz Henrique da Silveira entre 2003 e 2010, Sopelsa no governo é um gesto que o MDB vai reconhecer. “A grande maioria do MDB catarinense já estava com Moisés antes e vai continuar. É questão de momento, no MDB demora, como dizia o Casildo (Maldaner), para as melancias se ajeitarem, mas devagarinho se ajeitam as melancias e a carroça vai continuar”, comparou. Em Brusque, a influência econômica do dono da Havan, Luciano Hang, é quase uma instituição, a propósito.

    Ti-ti-ti

    A eleição de João Cobalchini para a presidência da Câmara Municipal de Florianópolis é vista, no final das contas, como sinal de desidratação da candidatura Gean Loureiro. O ex-prefeito da Capital teria avalizado a manobra de Roberto Katumi de antecipar a eleição, “trucando” Cobalchini, o vereador, e também Valdir Cobalchini, o pai, líder da bancada do MDB e do governo que concorre a federal. Deu errado. Agora as más línguas dizem que, se Gean não sair do quarto lugar na eleição, em janeiro o prefeito da Capital, Topázio Neto, mudará o secretariado. Fora disso, o presidente eleito agradeceu: “Ao vereador Katumi, meu reconhecimento pela competente forma que conduziu os trabalhos desta Casa e que muito me ensinou”.

    Cidades